Boa tarde pessoal! Hoje iremos discutir um tema muito atual, a tecnologia e os objetos virtuais de aprendizagem e vamos fazer algumas perguntas em torno desse tema para a Professora Ms. Olinda Thomé Chamma, a qual é presidente da Comissão Permanente das Licenciaturas da UEPG, além de coordenadora geral do Fórum das Licenciaturas, evento que acontece anualmente, com vistas a trazer discussões atuais em torno dos mais diversos temas.
Vamos a
entrevista!!!
Em sua opinião, quais as
contribuições da tecnologia para o processo ensino-aprendizagem?
Esta não é uma resposta fácil, embora haja um senso comum que a
tecnologia contribui para o ensino-aprendizagem. Por que digo isto? Porque nós,
enquanto professores, estamos em processo, ou seja, não sabemos explorar as
reais potencialidades da tecnologia em sala de aula. Não se pode confundir uma
projeção de slides com “avanços tecnológicos”. Há oportunidades que se
diferenciam quando objetivam os alunos. Por exemplo: um fórum de discussões on
line para certos assuntos, podcast, redes sociais, enfim, quantos de nós
estamos realmente preparados para lidarmos com tais ferramentas? Portanto, é um
desafio docente a ser vencido. No
momento atual a tecnologia é um caminho novo a ser trilhado e carece de mais arrojo
de nossa parte para nos apoiarmos em experiências concretas no tempo a fim de
que possamos avaliar o resultado em “nossa prática docente”, e não na prática
dos outros. Portanto, há que se aprender, aprender, aprender.
A senhora acredita que objetos virtuais de
aprendizagem contribuem na didática em sala de aula? Por quê?
Sobre esta questão, há um certo relativismo em afirmar sim ou não.
Explico-me. Parto da premissa do bom professor (aqui não há espaço para
discorrermos sobre este conceito), mas ele é fundamental, a meu ver, no binômio
ensino-aprendizagem, na didática, na transmissão de conhecimentos. Então, se
você tem um bom professor, não só os “os objetos virtuais” contribuem na
didática da sala de aula.
Isto posto tenho a destacar que, a medida que você se aproxima de seus
alunos, se faz entender, desperta a atenção deles, “os conquista”, a diferença
acontece. Assim, se a ferramenta das “TICs” é utilizada por este agente (bom
professor) e para estas pessoas ( seus alunos), dar-se-á também a aproximação,“
a mesma fala”, a interação tão desejada por todos os professores , a
cumplicidade de ações. Neste sentido e neste contexto há uma contribuição
didática sim.
O Fórum das Licenciaturas da UEPG é um evento que
acontece todos os anos abordando temas atuais que despertam os interesses dos acadêmicos.
Esse ano a senhora optou por abordar o tema Licenciatura e Mídias: desafios
na prática docente. Qual foi o seu critério de escolha para o presente
tema?
O que descrevo aqui é a sistemática das escolhas dos temas dos Fóruns e
a escolha deste ano não foi diferente.
A
Comissão Permanente das Licenciaturas- COPELIC tem, entre suas atribuições, a
de “consolidar espaço-tempo de debate interno sobre o encaminhamento pedagógico
nos Cursos de Licenciaturas”, e o Fórum é o grande catalizador desta atribuição.
Sendo a Comissão um colegiado representativo de todas as licenciaturas, além da
presidência e da Pró-Reitora de Graduação ( 13 membros), todos são consultados
em todos os momentos. De maneira que a escolha é participativa, ou seja, todos
opinam, discutem até que se chegue a um consenso. E neste Fórum percebeu-se a
necessidade de trazer a tona o tema de Licenciatura
e Mídias: desafios na prática docente de uma maneira concreta isto é,
através de relato de experiências exitosas, palestras, dúvidas, desafios e
discussões, numa busca que se espera,
profícua e co-partícipe dos anseios de cada um.
A senhora acredita que as mídias, a tecnologia e os
objetos virtuais de aprendizagem vieram para transformar a educação? Porquê?
Prefiro me ater a questão número 1. Afeita a “números” que sou, não
tendo a profecias. Mas que a transformação já está acontecendo, é palpitante.
Os jovens da educação básica é que promovem as mudanças, com a exigência na
“forma” de aprender. Neste sentido a tecnologia pode auxiliar na forma de se
transmitir os conhecimentos e também buscá-los. A educação em si se transforma
pelas pessoas e no cotidiano delas, movida além do tempo.
Ponta Grossa, 28 de junho de 2013